Câmara aprova projeto que especifica novas possibilidades de prisão preventiva e institui coleta de DNA em audiência de custódia

  • 21/10/2025
Relator da PEC da Segurança defende revisitar prisão após condenação em 2ª instancia A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (21) um projeto de lei que altera regras das audiências de custódia — procedimento adotado para apresentação de presos em flagrante à Justiça — e que prevê a coleta de material genético dos detidos suspeitos de integrar organizações criminosas. A coleta deverá ocorrer durante a audiência de custódia ou, no máximo, em até 10 dias após a prisão. De autoria do ex-senador Flávio Dino, atualmente ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), o texto retorna ao Senado, já que foi modificado na Câmara. Hipóteses de prisão preventiva Hoje, segundo a lei, a prisão preventiva (que não tem prazo determinado para acabar) em situações de: garantia da ordem pública para proteger a sociedade em face da gravidade do crime, conveniência da instrução criminal para garantir que o processo tenha seu objetivo final alcançado e o réu não fuja. garantia da ordem econômica O projeto especifica novas situações em que a prisão preventiva pode ser decretada, incluindo os casos de: reiterado uso de violência ou grave ameaça para a prática de crimes; participação em organização criminosa; apreensão de grande quantidade ou variedade de drogas, armas ou munições; “fundado receio de reiteração” no crime. O texto determina, no entanto, que a prisão preventiva não poderá ser decretada com base apenas na gravidade abstrata do crime, devendo haver fundamentação concreta que demonstre a necessidade da medida. Também prevê a conversão automática da prisão em flagrante em preventiva em determinadas situações, como quando o preso for reincidente, quando o crime tiver sido praticado com violência ou grave ameaça, quando o acusado já tiver sido liberado anteriormente em audiência de custódia, ou em casos de fuga ou risco de fuga. Críticas de entidades de direitos humanos Organizações da sociedade civil — entre elas a Rede Justiça Criminal, o Instituto de Defesa do Direito de Defesa (IDDD), a Justiça Global e a Associação para a Prevenção da Tortura — divulgaram nota pedindo a rejeição do projeto, que, segundo elas, “representa um claro ataque a salvaguardas individuais, à presunção de inocência e à autonomia dos juízes”. “O texto pode impactar o poder decisório das autoridades judiciais e ferir os princípios das audiências de custódia, criadas para evitar prisões ilegais e desnecessárias e combater a tortura”, afirmou Guilherme Carnelós, presidente do IDDD. “Já temos um sistema em que as pessoas que mais sofrem prisões abusivas são negras. A mudança pode colocar essa população ainda mais em um espiral de prisões contínuas”, completou. Apoio da cúpula da Câmara O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), defendeu a proposta e afirmou que ela “dificulta o retorno de criminosos reincidentes para as ruas”. “As matérias de combate à violência foram consenso entre os secretários de Segurança do Brasil, que trouxeram essas demandas”, disse Motta.

FONTE: https://g1.globo.com/politica/noticia/2025/10/21/camara-aprova-projeto-que-determina-coleta-de-material-genetico-em-audiencia-de-custodia-e-aumenta-possibilidades-de-prisao-preventiva.ghtml


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