Desejo de ser mãe e obsessão por família perfeita: Veja a linha do tempo da médica suspeita de mandar matar farmacêutica em MG

  • 08/11/2025
(Foto: Reprodução)
Médica é presa em Itumbiara suspeita de mandar matar farmacêutica em Uberlândia Falsidade ideológica, tráfico de pessoas e envolvimento no assassinato da farmacêutica Renata Bocatto Denari. Esses são alguns dos crimes que a Polícia Civil relacionou à médica Claudia Soares Alves, que desde 2020 é movida pelo desejo incontrolável de ser mãe de menina. Segundo a investigação, Claudia idealizava uma “família perfeita” e decidiu realizar o sonho a qualquer custo. "Identificamos que a Claudia fazia um tratamento para engravidar porque ela tinha o sonho de ser mãe de menina. Ela fazia qualquer coisa para isso. Ela idealizava a família perfeita, por isso queria o marido e a filha da farmacêutica”, disse o delegado Eduardo Leal. ✅ Clique aqui e siga o perfil do g1 Triângulo no WhatsApp Para entender todos os desdobramentos do caso, o g1 preparou uma linha do tempo com os principais crimes e acontecimentos que marcam o caso de Claudia desde 2020, com base em informações divulgadas pela Polícia Civil. Confira abaixo. A reportagem tentou contato com a defesa de Claudia Soares Alves, mas não houve retorno até a última atualização da matéria. Claudia Soares Alves, de 42 anos, é a médica suspeita de mandar matar farmacêutica em Uberlândia Reprodução/Redes Sociais Linha do tempo Plano para assumir maternidade Médica neurologista, Claudia conheceu o ex-marido da farmacêutica Renata Bocatto Derani em 2020; Com dois meses de relacionamento, o casal se casou; Segundo a Polícia Civil, o fato de o homem ter uma filha chamou a atenção da médica; Durante o casamento, a filha do homem com a farmacêutica passou a frequentar a casa da médica, que começou a assumir um papel materno na vida da menina; Claudia quis ditar como a criança deveria se vestir e agir, além de tomar medidas judiciais contra a mãe da menina, alegando falsamente que a farmacêutica estava abusando das filhas; O objetivo dela, segundo as investigações, era assumir a maternidade da criança; Comportamento estranho Ao perceber o comportamento estranho da médica, a farmacêutica proibiu que a filha fosse à casa do pai quando Claudia estivesse presente; Durante o casamento, o marido de Claudia notou comportamentos estranhos dela. Ele acreditava que ela tinha algum transtorno grave e sentiu medo de morrer, chegando a esconder facas dentro de casa para se proteger; Com cerca de 2 meses de casados, o homem decidiu se separar de Claudia; De acordo com a Polícia Civil, pouco tempo depois da separação em novembro, a médica planejou o assassinato da farmacêutica com a ajuda de um vizinho e do filho dele; O assassinato Em 7 de novembro de 2020, Claudia e os vizinhos saíram de Itumbiara por volta de 5h da manhã; Eles chegaram em Uberlândia antes das 7h, o horário que a farmacêutica chegava ao trabalho; Na ocasião, um dos suspeitos abordou a vítima em uma moto e entregou um pacote a ela; No embrulho continha um objeto de cunho sexual e uma carta que, segundo a investigação, foi uma tentativa de despistar a polícia levando os investigadores a acreditarem que a motivação do crime fosse passional; Renata foi atingida por diversos disparos de arma de fogo enquanto abria o pacote; Logo após o crime, Claudia e os vizinhos retornaram à Itumbiara, chegando na cidade por volta de 9h; Ainda para tentar enganar os investigadores, a médica criou um álibi, alegando que tinha uma consulta médica às 7h, mas a Polícia Civil comprovou que essa informação era falsa; A investigação apontou que a motocicleta usada no crime estava registrada no nome do filho do vizinho da médica, o que reforçou o envolvimento deles no assassinato; Sequestro de recém-nascida Quase quatro anos após o assassinato, a médica divulgou no dia 13 de maio de 2024, que tomou posse como professora na UFU; Conforme a Polícia Civil, no mesmo ano Claudia tentou comprar uma criança de famílias vulneráveis na Bahia, mas não conseguiu; Sem sucesso na compra, na noite do dia 23 de julho de 2024, Cláudia sequestrou uma recém-nascida do Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU); Segundo a Polícia Civil, a médica se aproveitou do cargo na instituição apresentando o crachá para acessar o hospital. No quarto da vítima, ela se apresentou como pediatra e pegou a bebê, que tinha nascido apenas três horas antes; A mulher saiu da porta do hospital com a bebê e fugiu em um carro vermelho; Segundo a polícia, quando os pais notaram a demora da recém-nascida ser devolvida à mãe, o sistema de segurança do hospital foi acionado, mas a médica já havia fugido; Depois que entrou no carro, a médica dirigiu da maternidade até a casa dela, no Jardim Morumbi, em Itumbiara. O trajeto tem cerca de 135 km e leva em torno de 2h40 para ser feito; De acordo com o delegado Anderson Pelágio, assim que a Polícia Civil de Goiás recebeu as informações sobre o sequestro, identificou o endereço da suspeita e foi até a casa dela já no dia 24 de julho. Lá, os policiais encontraram uma empregada doméstica, que trabalha para Claudia, cuidando da recém-nascida, e a médica não estava em casa; Parte da equipe resgatou a bebê e a levou imediatamente ao Hospital Municipal de Itumbiara, onde a menina passou por exames. Enquanto isso, outra parte da equipe continuou na casa de Claudia, aguardando ela chegar; Assim que a médica retornou, os policiais a abordaram e encontraram dentro do carro dela um grande enxoval para uma bebê do sexo feminino, com peças novas, fraldas, banheira e até piscina infantil; Em seguida a médica foi presa e levada para uma penitenciária em Orizona (GO); Prisão pela morte de farmacêutica No dia 5 de novembro de 2025, Claudia respondia pelo sequestro da recém-nascida em liberdade, com o uso de tornozeleira eletrônica, quando foi novamente presa por envolvimento no assassinato da farmacêutica Renata Bocatto Denari; Durante buscas em sua residência, os policiais encontraram um quarto rosa totalmente preparado para receber uma criança, com um berço e uma boneca reborn embrulhada como se fosse um bebê dormindo; Atualmente, Cláudia está presa preventivamente no Presídio Pimenta da Veiga, em Uberlândia; A prisão, inicialmente temporária por 30 dias, pode ser prorrogada por mais 30, conforme o andamento das investigações. Entenda o caso Quem é a médica A prisão e as novas acusações O assassinato da farmacêutica A relação da médica com a vítima O que falta esclarecer Quem é a médica Claudia Soares Alves, de 42 anos, é a médica suspeita de raptar um bebê em Uberlândia, Minas Gerais,foi presa em Goiás Reprodução/Redes Sociais Claudia Soares Alves é neurologista e ex-professora da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Em 2024, ela foi presa após sequestrar um recém-nascido dentro de uma maternidade da cidade. Na época, a médica usou documentos falsos para tentar registrar a bebê como filha. Desde março deste ano, respondia aos processos em liberdade e havia sido demitida da UFU. Segundo a Polícia Civil, Claudia sempre demonstrou comportamentos obsessivos e apresentava desejo compulsivo de ser mãe de uma menina, embora já tivesse um filho. Durante coletiva de imprensa em Uberlândia, o delegado Eduardo Leal informou que a médica realizou tratamentos para engravidar, mas não conseguiu. E, após as tentativas frustradas, teria recorrido a adoções irregulares com documentos falsos e até oferecido dinheiro para comprar uma recém-nascida na Bahia. A prisão e as novas acusações A médica foi presa em Itumbiara durante uma operação da Polícia Civil de Minas Gerais, em parceria com a Polícia Civil de Goiás. De acordo com o delegado Eduardo Leal, Claudia teria planejado o assassinato de Renata para ficar com a filha da vítima. Ainda conforme o delegado, na casa da investigada, a Polícia Civil encontrou um quarto pintado de rosa, com várias roupas de criança pequena, um berço e uma bebê reborn dentro. "Ela é capaz de tudo para conseguir o seu intento, que seria o de ser mãe de uma criança, de uma menina. Inclusive nessa data, no cumprimento da busca, nós verificamos que ela, na casa dela, possui um quarto todo pintado de rosa, com diversas coisas rosas de uma criança, com berço e como se estivesse dormindo nesse berço. Realmente você vê que é uma pessoa totalmente desequilibrada", disse Leal. Quarto rosa com bebê reborn na casa de médica presa em Itumbiara, suspeita de mandar matar farmacêutica de Uberlândia Polícia Civil/Divulgação O delegado regional da Polícia Civil, Gustavo Anai, destacou que a operação é resultado do trabalho iniciado ainda em 2020, quando surgiram denúncias ligando a médica a outros crimes após o sequestro na maternidade da cidade. O assassinato da farmacêutica Renata Bocatto Denari, de 38 anos, foi morta a tiros na manhã de 7 de novembro de 2020, quando chegava para trabalhar em uma farmácia no Bairro Presidente Roosevelt, em Uberlândia. Câmeras de segurança registraram o momento em que o criminoso se aproximou e fez pelo menos cinco disparos no tórax, pescoço, ombros e nádegas. Uma testemunha contou que Renata tentou se defender e pediu para não ser morta, mas o homem continuou atirando. Uma câmera de segurança mostrou o assassino abordando Renata (veja abaixo). Antes de fugir, o autor deixou uma sacola com objetos e uma carta com ofensas à vítima. Na época, a Polícia Civil não descartou crime passional e ouviu pessoas próximas, incluindo o ex-marido. Renata deixou a filha de 9 anos. Além da médica, foram presos temporariamente outros dois suspeitos de participação no assassinato. Eles são pai e filho e seriam vizinhos de Claudia. Os três foram transferidos para Uberlândia. As investigações seguem para apurar a participação dos dois suspeitos no crime. A Polícia Civil também vai avaliar a necessidade de prorrogar as prisões temporárias ou convertê-las diretamente em preventivas, com o devido indiciamento dos envolvidos. LEIA TAMBÉM: Após prisão de médica suspeita de mandar matar farmacêutica, mãe da vítima divulga carta Médica que raptou recém-nascida no hospital é demitida da UFU Mulher sequestra bebê e criança é encontrada quase 850 km de onde nasceu A relação da médica com a vítima As investigações apontam que Claudia se casou com o ex-marido de Renata, mas o relacionamento durou apenas dois meses. O homem decidiu se separar ao perceber que a médica apresentava comportamentos obsessivos e demonstrava interesse em assumir a maternidade da filha dele com Renata. Renata, ao perceber que a médica parecia uma pessoa perigosa e emocionalmente instável, proibiu a filha de manter contato com o pai sempre que ele estivesse na companhia da esposa. Após a separação, Claudia teria planejado o homicídio da farmacêutica para retomar o relacionamento e ficar com a menina. O que falta esclarecer A Polícia Civil ainda apura se houve pagamento aos executores e se outros crimes cometidos por Claudia estão relacionados ao homicídio. O caso segue sob investigação. VÍDEOS: veja tudo sobre o Triângulo, Alto Paranaíba e Noroeste de Minas

FONTE: https://g1.globo.com/mg/triangulo-mineiro/noticia/2025/11/08/desejo-de-ser-mae-e-obsessao-por-familia-perfeita-veja-a-linha-do-tempo-da-medica-suspeita-de-mandar-matar-farmaceutica-em-mg.ghtml


#Compartilhe

Aplicativos


Locutor no Ar

Peça Sua Música

No momento todos os nossos apresentadores estão offline, tente novamente mais tarde, obrigado!

Top 5

top1
1. Raridade

Anderson Freire

top2
2. Advogado Fiel

Bruna Karla

top3
3. Casa do pai

Aline Barros

top4
4. Acalma o meu coração

Anderson Freire

top5
5. Ressuscita-me

Aline Barros

Anunciantes